História real que chocou a opinião pública americana contando o cerco
imposto pelo FBI a um homem racista e ignorante, que tentava viver
longe da sociedade obedecendo apenas a suas próprias leis.
O Caso Ruby Ridge
O caso de Ruby Ridge se deu em agosto de 1992 no pequeno povoado de
Ruby Ridge. As origens desse incidente ocorreram no ano de 1989, quando
Randy Weaver, um miliciano de um grupo de Idaho que pregava a supremacia
branca, vendeu dois rifles de guerra a um agente americano da ATF
(Alcohol, Tobacco and Firearms Bureau) que trabalhava disfarçado. Citado
para prestar esclarecimentos na justiça, Weaver acabou sendo
prejudicado por um erro no juizado em que foi denunciado, que fez com
que o mesmo não fosse citado para comparecer na data correta em juízo em
1992. Com uma ordem de prisão contra sua pessoa, Weaver se trancou em
sua casa, junto com sua mulher, seus quatro filhos e seu amigo Kevin
Harris e, ameaçou matar qualquer um que se aproximasse.
No dia 21 de agosto de 1992, um grupo de Marshals (braço armado do
FBI), matou o cachorro da família, que se encontrava no lado de fora da
casa, fazendo com que Weaver saísse de dentro da casa e empreendesse um
tiroteio que resultou na morte de um agente e do filho de Weaver, Sammy,
de 14 anos. No dia seguinte, um novo tiroteio matou a esposa de Weaver,
que segurava um dos filhos do casal, de 10 meses. Como consequência
desse desastroso ato, cinco altos oficiais do FBI foram suspensos,
incluindo o diretor Larry Potts. Além disso, o Estado pagou cerca de
três milhões e cem mil dólares à família Weaver. Contudo, a importância
desse caso se deu no fato de que pela primeira vez na história
americana, grupos de supremacia branca conseguiram criar um mártir pelas
mãos do Estado, o que se constitui um dos maiores objetivos de
organizações terroristas.
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