Para conseguir sua bicicleta, é simples e barato. Pode ser comprada com um investimento em torno de R$ 30 mensais. Se comparada às tarifas de ônibus, ela pode “se pagar” em torno de três meses, além de vir embutida outra vantagem: a economia da academia. Também não podemos esquecer da questão da redução dos gastos com combustível e de tempo, visto que a bicicleta é um dos meios de transporte mais rápidos em distâncias de até 15 quilômetros.
O governo dá uma série de incentivos ao consumo dos veículos motorizados, como a redução do IPI, mas não mostra o mesmo ânimo no incentivo ao uso das bicicletas, esquecendo de incluir nos planos diretores das cidades a construção de ciclovias para garantir segurança aos ciclistas. O Brasil é o terceiro produtor mundial de bicicletas, perdendo para China e Índia. Com uma frota de 60 milhões de unidades, o país tem hoje, de norte a sul, apenas 2,5 mil quilômetros de ciclovias. Segundo dados do Ministério das Cidades, o Rio de Janeiro (RJ) é a cidade com a maior infraestrutura instalada, com 140 quilômetros de ciclovias. Curitiba (PR) aparece em segundo lugar, com 120 quilômetros, seguida por Colombo (PR), com 95 quilômetros.
Para a promoção da bicicleta como meio de transporte seguro, os governantes necessitam apresentar políticas concretas que estimulem seu uso. São necessários incentivos fiscais à aquisição de bicicleta, apoio à instalação de bicicletários públicos, construção de ciclovias e ciclofaixas e integração das bicicletas ao sistema de transporte público coletivo. Além disso, deve haver divulgação dos benefícios do uso da bicicleta como transporte econômico, saudável e ambientalmente adequado.
É desta forma que conseguiremos alcançar a melhoria das condições de mobilidade urbana, do ambiente e da qualidade de vida nas cidades e democratizar a mobilidade, tendo em conta todas as vantagens e potencialidades que esse meio de transporte não-motorizado apresenta aos mais variados níveis.
ISRAEL PEREIRA MARQUES NETO|Educador
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